Músicas Brasileiras de origem Africanas

Samba

O samba é talvez o gênero musical mais emblemático do Brasil e tem raízes profundas nas tradições africanas, particularmente nas comunidades de escravizados. Surgiu nas rodas de samba no Rio de Janeiro no final do século XIX e início do século XX, mas suas origens remontam aos ritmos e danças africanas, como o candomblé, jongo, e maracatu.

• Exemplo: "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, embora um clássico da música popular brasileira, também é influenciado pela batida sincopada do samba e pelas tradições africanas.

Candomblé e Axé

O Candomblé é uma religião de origem africana praticada no Brasil, e seus ritmos e cânticos foram adaptados à música popular. O gênero axé, que nasceu na Bahia na década de 1980, também tem raízes nos rituais afro-brasileiros, e é uma fusão de samba, reggae e outros estilos.

• Exemplo: "O Canto de Dona Edith do Prato", de Gilberto Gil, mistura elementos do Candomblé com música popular.

Maracatu

O maracatu é uma manifestação cultural e musical originada no estado de Pernambuco, com forte influência das tradições africanas, particularmente do kandomblé e das religiões afro-brasileiras. Ele é composto por batuques e cânticos acompanhados de danças e desfiles, especialmente no Carnaval.

• Exemplo: "Maracatu Atômico", de Chico Science & Nação Zumbi, é uma releitura contemporânea do maracatu.

4. Jongo

O jongo é uma dança e um ritmo de origem africana, especificamente do povo bantu, que foi trazido para o Brasil pelos escravizados. É um gênero musical de percussão e canto, muito popular no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

• Exemplo: O grupo Tempero Carioca é um bom exemplo de música com influência de jongo.

Conclusão

A música brasileira de origem africana é extremamente rica e diversa, representando uma fusão criativa das tradições africanas com as influências indígenas e europeias que caracterizam o Brasil. Ritmos como samba, maracatu, jongo, axé e candomblé são manifestações culturais e musicais que têm raízes profundas nas comunidades afro-

brasileiras, e continuam a ser celebrados e reinterpretados até os dias de hoje.